quarta-feira, 20 de outubro de 2010

BOLIVIA: alguns registros fotográficos

Riachinho congelado as 7h da manhã no meio do deserto.

Reparem no azul do céu do deserto, a uma altitude de aproximadamente 4000m.

Frio e vento a 4.855 m: a altitude se impõe e testa nossos limites físicos

Vulcão

Laguna Colorada

Eu no deserto, o deserto em mim



A turma do Jailton: los viajeros del desierto!

Mais um vulcão, esse com fumaça saindo...

Hotel de sal...

Cráter

terça-feira, 19 de outubro de 2010

Iº Bienal Universitaria de Arte y Cultura - 17 al 22 de octubre, La Plata, Buenos Aires, Argentina.

Cientos de artistas coparán las calles de la ciudad para que los platenses disfruten de las más variadas expresiones culturales.

El ejercicio de la "bienal", a nivel mundial, ha sobrevivido más de un siglo y su función, dentro del mundo del arte se ha mantenido: mostrar la producción de los artistas y combinar la exposición con la promoción. Se ha convertido en una institución que da a conocer lo realizado últimamente por artistas ya conocidos, y nuevos artistas. La otra parte, y más importante, es como dice Arthur Danto: "La obra de arte está allí para hacernos descifrar el mundo, entender en dónde estamos y quizá nos moleste, pero nos impele a participar en su mudanza" "las obras de arte son otras tantas ventanas abiertas a la vida interior de la cultura y a la interioridad nuestra, en tanto somos miembros de dicha cultura". Las bienales nos presentan muchas veces cientos de estas visiones y cientos de maneras de reflexionar. Es por eso que su capacidad sobrepasa, con mucho, lo que otras instituciones puedan lograr.

El Bicentenario encuentra a la Universidad Nacional de La Plata comprometida en la trascendental tarea de sumarse a la celebración por los doscientos años del inicio de la revolución de independencia, que diera a América Latina la restitución de su soberanía, así como la certeza de que una emancipación auténtica es posible a través del auxilio de las expresiones culturales, y en comunión con los pueblos de las repúblicas escindidas tras la disolución de los lazos del dominio hispano-portugués.


La Plata, 21, 22 y 23 de octubre: “Arte y pensamiento estético latinoamericano”


Las celebraciones del Bicentenario han dado lugar a la reflexión en torno a América Latina desde diversos enfoques y saberes. El arte y el pensamiento estético constituyen un ámbito fundamental en el proceso de construcción de la identidad latinoamericana.

Las artes enfrentan el desafío de dar forma a un proyecto propio que exige, por un lado, la puesta en cuestión de las pautas impuestas por la tradición centroeuropea y, por otro, la generación de marcos teóricos renovados que permitan dar cuenta de aquellas producciones artísticas que, aun siendo esenciales en nuestro universo simbólico, no han logrado traspasar las estrechas fronteras del concepto de arte establecido por la modernidad.

Con el objetivo de abordar estas problemáticas, la Dirección General de Cultura y Educación de la provincia de Buenos Aires organiza los días 21, 22 y 23 de octubre el V Encuentro de Pensamiento Político: “Arte y pensamiento estético latinoamericano”, dirigido a docentes de arte y público en general de la Provincia. El Encuentro contará con la presencia de destacados especialistas en las diversas disciplinas artísticas como Adolfo Colombres, Marta Zatonyi, Juan Carlos Romero, Fernando Davis, Eduardo Russo y Laura Papa.
El V Encuentro de Pensamiento Político se realizará en el Jockey Club (49 e/ 6 y 7) y para sus asistentes otorga puntaje docente.

Bandeira branca, amor Em defesa da soberba e do arbítrio da arte



resumo
Alvo de protestos de pichadores, jornalistas e militantes da causa animal, o trabalho "Bandeira Branca", de Nuno Ramos, foi desmontado na 29ª Bienal de São Paulo, por determinação do Ibama, que o havia autorizado. O artista faz uma defesa da legalidade da obra e reflete sobre consensos e rupturas inerentes à atividade artística.

PROCUREI INTENCIONALMENTE matar três urubus de fome e de sede no prédio da Bienal de São Paulo. Pus ali imensas latas cheias de tinta escura, para que se afogassem, além de espelhos, para que batessem a cabeça durante o voo. Construí túneis de areia preta, para que entrassem sem conseguir sair, morrendo ali dentro. E, para forçá-los a voar, costumo lançar rojões em sua direção.

ACUSAÇÕES Como nos pesadelos ou nos linchamentos, não é possível responder a acusações desta ordem, que circularam pela internet e no boca a boca com força insaciável nas últimas três semanas, criando um caldo de cultura próximo à violência e à intimidação. Como resultado disso, em plena Bienal, entre faixas pedindo que eu fosse preso, meu trabalho foi atacado por um pichador, que driblou a segurança, rasgou a tela de proteção aos bichos e danificou uma das esculturas de areia.
Fomos cercados, eu e minha mulher, por militantes ecologistas, que nos xingavam e gritavam do outro lado do vidro do carro, a boca em câmera lenta, "a-li-men-ta-e-les!" -o que, claro, já havia sido feito naquele mesmo dia. Barbara Gancia, colunista da Folha, chegou a pedir, utilizando um imaginário de repressão militar ou de milícia fascista, que eu fosse colocado de cuecas contra um muro e submetido a uma ducha com as mangueiras para incêndio do corpo de bombeiros.
Ingrid E. Newkirk, presidente da organização não governamental Peta [pessoas pelo tratamento ético de animais, na sigla em inglês], num artigo feroz, publicado na Folha em 8/10, encontra apenas o que pressupõe desde o início: que eu quero aparecer (ela, não? alguém duvida que um dos temas da polêmica é justamente a disputa pelo espaço na mídia?); que sou (os termos são dela) cruel, "bad boy", sem compaixão e produtor de arte de má qualidade. Como não há argumentos e o raciocínio é circular, tudo retorna à ilibada consciência da articulista.
A notícia atravessou fronteiras raras para questões envolvendo arte (horários insuspeitos em todos os canais de TV, cadernos de jornal pouco afeitos à cultura e nas mais diversas regiões do país), passando a assunto de bar e padaria. Os urubus, definitivamente, haviam conseguido escapar e, para usar os versos de Augusto dos Anjos, pousaram na minha sorte.

TOM Frequento uma área da cultura afastada dessa luz radioativa, e não quero errar o tom. Começo este texto, portanto, fazendo a minha lição de casa: o que quer que tenha acontecido, aconteceu por meio das instituições. A licença do Ibama de Sergipe, que permitiu o transporte e a exposição dos animais, era legítima e dentro de parâmetros absolutamente legais, bem como sua cassação pelo Ibama de Brasília.
Tentamos, eu e a Fundação Bienal, que me apoiou de todos os modos possíveis em defesa do meu trabalho, uma liminar na Justiça e perdemos. Acatamos e tiramos, no mesmo dia em que a decisão liminar saiu, as três aves. Sinto-me coibido, injustiçado e chocado com tudo isso, mas não posso dizer que fui censurado. E por entender que a forma que destruiu meu trabalho ao tirar as três aves é legítima, quero divergir completamente dela.
Como quase nenhuma informação sensata circulou, tenho primeiro que dizer o óbvio:
1) As aves que utilizei em meu trabalho são aves nascidas em cativeiro, e não sequestradas ao habitat natural; é para este cativeiro que voltaram (e onde estão neste momento), quando foram "soltas" do meu trabalho;
2) Pertencem ao Parque dos Falcões (criadouro conservacionista que funciona com autorização do Ibama, realizando atividades educacionais e pedagógicas, pelo Brasil inteiro, com aves de rapina), que as mantêm em exposição para o público, como num zoológico;
3) Estas mesmas três aves participaram em 2008 de uma versão bastante similar deste trabalho, no Centro Cultural Banco do Brasil de Brasília, durante dois meses, adaptando-se perfeitamente ao espaço e sem nada sofrer, com plano de manejo aprovado pelo mesmo Ibama;
4) As aves foram adaptadas ao espaço da Bienal antes do início da mostra, com a presença do veterinário responsável por elas e de um tratador;
5) Esse tratador, o mesmo que cuida delas em Sergipe, ficou permanentemente com elas durante todo o tempo de exibição das aves ao público, literalmente abrindo e fechando a mostra:
6) Eram alimentadas por ele todas as manhãs, em quantidade e frequência estipuladas pelo plano de manejo;
7) O volume das caixas de som foi controlado, sendo mantido numa altura bastante inferior ao do murmúrio do público, para evitar estresse aos bichos;
8) O plano de manejo das aves, aceito pelo Ibama de Sergipe, foi revogado, já no meio da polêmica, pelo Ibama de São Paulo -mas sem recomendação de cassação. O que o laudo técnico, sério e sisudo do Ibama de São Paulo solicitava eram ajustes -basicamente, que desligássemos uma das caixas de som e que instituíssemos banhos de luz ultravioleta todas as manhãs, para suprir a falta de luz solar direta sobre os bichos (embora a luz do dia banhasse o espaço). Oferecia, ainda, uma licença de 15 dias, a ser prorrogada de acordo com a avaliação periódica sobre o bem-estar dos animais. O Ibama de Brasília, que, sob pressão política e midiática, determinou arbitrariamente a saída das aves, em desacordo com o laudo do Ibama de São Paulo, travou o que parecia ser um processo rico de colaboração entre técnicos sérios, com conhecimento sobre os animais, e um trabalho de arte;
9) Obtivemos laudo favorável do Departamento de Parques e Áreas Verdes da Prefeitura de São Paulo;
10) Técnicos do setor de aves do Zoológico de São Paulo, em vistoria ao trabalho, não manifestaram qualquer crítica específica ao manejo das aves -fiquei sabendo nesta visita, inclusive, que a jaula dos urubus era bem maior que qualquer jaula do zoológico, inclusive a do condor.

EXPIAÇÃO Por que, então, tanta confusão? Que é que está sendo expiado aqui?
Para começo de conversa, e como aproximação ao problema, quero lembrar que "Bandeira Branca" não é um trabalho de ecologia, nem eu sou especialista em aves de rapina, assim como "Guernica" de Picasso não é apenas um trabalho sobre a Guerra Civil Espanhola, nem Picasso um historiador. Por isso utilizei os serviços de uma entidade ecológica, o Parque dos Falcões, e obtive, tanto na montagem em Brasília, em 2008, quanto em São Paulo, autorização do órgão legal em meu país para esses assuntos.
Ou a lei não vale para todos? Tratar meu trabalho como crime e a mim como criminoso é fazer o que fazia a direita franquista, ao chamar "Guernica" de quadro comunista, ou a aristocracia francesa da segunda metade do século 19, quando ameaçava retalhar a "Olympia", de Manet, em nome dos bons costumes.
O que me foi negado com a criminalização do meu trabalho foi a possibilidade de um sentido -o sequestro, digamos, de qualquer sentido que ele pudesse propor. E é contra isso, mais do que contra a boataria e a calúnia, que escrevo hoje.

VALORES Arte não cabe nos bons nem nos maus valores, por mais confiança que se tenha neles. Dela emana um signo aberto, para isso foi inventada, para que fanatismos como os que ouvi nessas últimas semanas não circunscrevam completamente o possível da vida. Claro que ninguém está acima da lei, e, repito, cumprimos, artista e instituição, rigorosamente a legislação ambiental brasileira -mas é a possibilidade de pensar diferente que está sendo criminalizada aqui.
Artistas extraordinários como Joseph Beuys (por sinal, fundador do Partido Verde na Alemanha), Jannis Kounellis, Hélio Oiticica, Nelson Felix, Tunga, Cildo Meireles, utilizaram animais em suas instalações. Provavelmente o trabalho de Beuys que inclui um coiote ("I Love America and America Loves Me") seja, sem nenhum favor, uma das mais importantes obras de arte do século 20.
"Tropicália", de Hélio Oiticica, que tem araras vivas em seu interior (curiosamente, exposta há poucos meses, com as aves, no prédio do Itaú Cultural de São Paulo, na avenida Paulista, sem despertar qualquer polêmica), é um trabalho fundamental para a compreensão do que somos e do que queremos ser. Negar o que estes artistas conseguiram com seus trabalhos -uma oxigenação radical de nosso imaginário- tratando-os como criminosos certamente seria regredir a épocas de triste memória.
Posso entender quem seja contra bichos em cativeiro. Seria interessante exigir um pouco de coerência dessa posição -ou seja, vegetarianismo radical, já que a quase totalidade da carne que comemos vem de animais em cativeiro, fechamento de todos os zoológicos, jóqueis-clubes, fazendas com animais para monta e, ainda, requalificação geral de nossas relações com bichos domésticos. Mas, mais do que coerentes, gostaria que fossem suficientemente democratas para aceitar que nem todos pensem como eles, nem todos se deem o lugar de xamãs, em contato íntimo com os desejos e sensações dos animais, e que dentro das regras públicas legais de cada país o acesso a esses animais possa se dar sem histeria nem calúnias.

BANDEIRA BRANCA Como nada ou quase nada se falou sobre o trabalho, peço licença para interpretar o que eu próprio fiz, partindo de uma breve descrição. "Bandeira Branca" (este título, no meio de um bombardeio desses, é dessas coisas que só a arte explica) foi montado pela primeira vez há dois anos, no CCBB de Brasília, e agora, ampliado e modificado, recebeu uma segunda versão, especialmente para a 29ª Bienal.
O trabalho consiste em três enormes esculturas de areia preta pilada, foscas e frágeis, a partir de cujo topo, feito de mármore, três caixas de som emitem, em intervalos discrepantes, as canções "Bandeira Branca" (de Max Nunes e Laércio Alves, interpretada por Arnaldo Antunes), "Boi da Cara Preta" (do folclore, por Dona Inah) e "Carcará" (de João do Vale e José Candido, por Mariana Aydar). Três urubus vivem na instalação durante toda a duração do trabalho.
O resultado é uma cena solene, entre a litania e a canção de ninar, que me parece ter cavado, em sua montagem em São Paulo, uma espécie de buraco negro no prédio da Bienal. Acho que o vão do prédio, uma das obras mais felizes de Niemeyer, com sua velocidade e otimismo, ganhou com meu trabalho um contraponto ambivalente, noturno e encantado, triste mas também próximo do mundo dos contos de fada.
Há uma espécie de espiral ascendente no trabalho, que se desmaterializa conforme o espectador sobe a rampa do prédio e as pesadas colunas de areia se transformam na geometria de quem vê as esculturas de cima. Feito primeiro de areia, depois de mármore, depois de vidro, depois de som, depois de voo, o trabalho faz em seu percurso o mesmo que as aves, num ciclo que a chuva de fezes brancas, caindo sobre as peças e sobre o chão, inicia novamente.

ANTIPENETRÁVEL Mas o ponto crucial, acho eu, é que, apesar da monumentalidade do trabalho e da textura inacabada da areia, que solicitam o corpo do espectador, o público é mantido fora da obra, numa espécie de antipenetrável. A obra de certa forma já foi ocupada, já tem dono e por isso não podemos nos aproximar. A noite, as canções e os urubus são seus donos, e ao público resta assistir de fora a alguma coisa viva, que não precisa dele.
As canções e os bichos, forças ascensionais contra a inércia e o peso das esculturas, já tomaram conta da obra e a tela de proteção, que materializa o desenho do vão do prédio, marca essa passagem entre um exterior institucional e um interior ativo, fechado em si, mistura de cultura (canções), natureza (os urubus) e arquitetura.
As aves e as canções dão ao trabalho o seu agora, uma duração voltada para algo indiferente ao mundo lá fora. Daí que muita gente tenha me dito que se sentia observado pelas aves e não observador, dentro da grade e não fora dela. E que no meio de tanto tumulto, com certeza as três aves pareciam as únicas tranquilas.
Esta atividade interna autossuficiente está no coração deste trabalho e me acompanhou ao longo da balbúrdia destes dias difíceis. Fico feliz de perceber que de certa forma o trabalho já pressupunha isso, falava disso e defendia-se exatamente disso -queria estar consigo e não conosco, longe da barulheira que no entanto causava.

AUTOSSUFICIÊNCIA Em vez da atividade do espectador, própria de tantas das melhores obras modernas, e que encontrou entre nós uma formulação extrema na ideia dos "Penetráveis" de Hélio Oiticica, a arte contemporânea parece estar se voltando para dentro, numa autossuficiência renitente.
Não é o lugar para desenvolver isto, mas, para dar dois exemplos memoráveis, acho que as "Elipses", de Richard Serra, apoiadas em si mesmas e não mais nas paredes das instituições, ou "O Ciclo Creamaster", de Matthew Barney, com suas infinitas dobras e relações internas, partilham esta característica. Meu trabalho acompanha de certa forma essa direção.
A institucionalização crescente da arte trouxe para junto dela uma pletora de discursos institucionais, todos perfeitamente centrados, seguros de si e disputando espaço na mídia e nas oportunidades orçamentárias. Isso vem, talvez, do estilhaçamento das grandes noções universais que acompanharam a formação do mundo moderno: política, religião, burguesia, proletariado, luta de classes, direita, esquerda etc.
Com a quebra dessas noções universais, os particulares (ecologia, minorias étnicas, minorias sexuais etc.) firmaram-se, cheios de si, pontudos, zelosos de suas verdades. A arte talvez seja a última experiência universalizante, ou ao menos não simétrica à discursividade do mundo, e acho que tende a ser cada vez mais atacada, toda vez que discrepar, como soberba e como arbítrio. Mas penso que é isso mesmo que ela deve manter: sua soberba e seu arbítrio, para que possa continuar criando.

DESFAÇATEZ Pois isso para mim foi o mais impressionante de tudo: a absoluta incapacidade, digamos, interpretativa de quem me atacou, a recusa de ver outra coisa, de relacionar o sentimento de adesão ou de repulsa que meu trabalho tenha causado com qualquer coisa proposta por ele, em suma, a desfaçatez com que foi usado como trampolim para um discurso já pronto, anterior a ele, que via nele apenas uma possibilidade de irradiação.
Para isso, é claro, o principal ingrediente é que fosse tomado de modo absolutamente opaco e literal, espécie de cadáver sem significação. Para que possa ser veículo estrito de discursos e de grupos, sem que utilize seus recursos, digamos, naturais (sedução, desejo, ambivalência), o trabalho de arte tem de estar, de fato, desde o início definitivamente morto. Daí, creio, a ferocidade com que fui atacado -uma espécie de operação higiênica preventiva, para impedir que qualquer germe de espanto, ambiguidade, beleza, estupor, pudesse aparecer, desqualificando o desejado consenso.
No fundo, acho que a frase famosa de Frank Stella, que jogou uma pá de cal nas ilusões subjetivas de começos dos anos 60 e inaugurou as poéticas minimalistas que duram até hoje, "What you see is what you see" ("O que você está vendo é o que você está vendo"), parece ter migrado da arte para o mundo. A literalidade das obras de um Carl Andre ou de um Donald Judd transferiu-se inteira para as instituições e para o público.
Por isso talvez caiba hoje à arte a tarefa bastante simples, mas tão difícil, de dizer exatamente o contrário: "O que você está vendo NÃO é o que você está vendo". Ou seja, sonhar. Ou, como diz a letra da canção, "Bandeira branca, amor".


Nuno Ramos

Seminário Ver para Ler, Ler para Ver inaugura o projeto educativo do longa de animação infantil As Aventuras do Avião Vermelho

O evento promove reflexão sobre a produção de conteúdo audiovisual e literário para o público infantil. Uma mostra de filmes infantis também integra a programação.   

 Na próxima semana, nos dias 23 e 24 de outubro de 2010, acontece no Santander Cultural o seminário Ver para Ler, Ler para Ver, inaugurando o projeto educativo do longa-metragem de animação As Aventuras do Avião Vermelho, em produção na capital gaúcha. O evento é gratuito e traz em sua programação mesas-redondas para debates e uma mostra de filmes infantis com uma seleção de curtas-metragens que participaram das nove edições da Mostra de Cinema Infantil de Florianópolis, um dos mais importantes eventos nacionais voltados ao cinema para as crianças.
As mesas de debates do seminário Ver para ler, ler para ver ocorrem nos dias 23 e 24 de outubro, das 10h às 13h, na Sala Multiuso do Santander Cultural, com os temas A Criação de Conteúdo para o Público Infantil e  As Linguagens. O objetivo é investigar como a produção audiovisual e a literária podem de fato fortalecer a formação de novos espectadores e leitores, a partir da criação de conteúdos que dialoguem com a infância. Ao lado disso, enfoca também a responsabilidade de quem produz conteúdo para as crianças. 

Participam da mesa, no dia 23, o cineasta Adilson Ruiz, o escritor Carlos Urbim, o roteirista Claudio Galperin, a psicanalista Luciana Fim Wickert e a produtora Maria Angélica dos Santos. No dia 24, o tema será abordado pelo publicitário e escritor Érico Assis, pela diretora da Mostra de Cinema Infantil de Florianópolis, Luiza Lins, pela doutora em educação, Fabiana de Amorim Marcello, pela produtora e escritora Zuleika Escobar e pelo Jornalista Jair Giacomini.

As inscrições para o seminário são gratuitas e podem ser feitas pelo e-mail contato@aviaovermelho.com.br ou no local do evento. As vagas são limitadas.

As sessões da mostra de filmes infantis serão realizadas de 20 a 24 de outubro, no Cine Santander Cultural, de quarta a sexta-feira as sessões são às 15h e 17h e no final de semana às 15h, 16:30h e 19h. A entrada é franca.
O evento é uma realização do filme As Aventuras do Avião Vermelho, em uma produção da Armazém de Imagens e Okna Produções, com o apoio do Santander Cultural, Casa de Cinema de Porto Alegre, Mostra de Cinema Infantil de Florianópolis. Mais informações no site www.aviaovermelho.com.br.

domingo, 17 de outubro de 2010

Ciclo de conferências Arte e Sociedade (divulgado pelo meu amigo Ricardo Reis)

Na sequência dos ciclos anuais de conferências realizados na FBAUL, nos últimos quatro anos, a Secção de Ciências da Arte e Património - Francisco de Holanda do Centro de Investigação e Estudos em Belas-Artes desta Faculdade, tomou a decisão de realizar em Outubro e Novembro de 2010 um ciclo de conferências subordinado ao tema “Arte e Sociedade”. 

As conferências realizam-se nos dias 27 de Outubro, 3, 10, 17 e 25 de Novembro, a partir das 14h30 no Grande Auditório da Faculdade de Belas-Arets da Universidade de Lisboa.
A entrada é livre mas considerando o número limitado de lugares é ncessário proceder à inscrição. 

Serão entregues certificados de presença.
Para mais informação consultar o site www.fba.ul.pt.

Bolívia, viagem inesquecível: descobrindo suas belezas naturais, seus contrastes e sua gente

Ainda estou na Bolívia, já em La Paz, no final da viagem. Devido ao isolamento ao qual nos propomos, o de passar sete dias viajando pelo deserto, foi impossiível manter o blog atualizado nestes últimos dias, já que muitas vezes nem energia elétrica tínhamos, muito menos internet. Mas os vídeos e fotos da viagem foram feitos, diariamente e serão postados aqui assim que for possível, já em Porto Alegre. Conto com sua paciência, os registros dessa aventura artística-filosófica-existencial valem à pena! Um abraço!


sexta-feira, 8 de outubro de 2010

Ainda em Jujuy

Chegada em San Salvador de Jujuy, no norte da Argentina, para cruzar a fronteira com a Bolívia de carro.

Buenos Aires: passagem relâmpago!

Pelo menos consegui conhecer um pouco do Bairro de San Telmo, que é lindo, lembra a Cidade Baixa, com muitos bares, restaurantes, cafés, hotéis e albergues. Rola uma vida noturna forte e tem muita gente jovem. Mas tem um clima meio decadente, muita sujeira, lixo na rua e tal, o que não chega a tirar o brilho. Ah, corrigindo a confusão que fiz no vídeo: Jujuy é no norte da Argentina!!



quinta-feira, 7 de outubro de 2010

sexta-feira, 1 de outubro de 2010

Pelo sonho de um Brasil mais justo, mais feninino, mais sensível e sustentável!

Queridos amigos e amigas,
chegando próximo do dia da votação sinto a necessidade de manifestar publicamente, para o maior número de pessoas possível, que meu voto vai para Marina Silva! Não quero convencer ninguém a nada, mas se alguém estiver indeciso e a minha opinião tiver algum peso, fico feliz em compartilhar minha crença nesse sonho. Por um Brasil mais justo, mais feninino, mais sensível e sustentável!