É crescente a preocupação em torno das questões que envolvem o ensino da arte, não só no Brasil, mas em todo o mundo. Um exemplo disso é a recente união de três associações internacionais de educação pela arte (InSEA, IDEA e ISME) para a formação da Aliança Mundial para a Educação em Arte (WAAE - World Alliance for Arts Education), que tem por objetivo desenvolver uma estratégia integrada de pesquisa, colaboração interdisciplinar e ações junto a organizações governamentais e não-governamentais.
A fragmentação social, a violência urbana, o consumo e o tráfico de drogas, as diversas formas de discriminação, a poluição do meio ambiente, a dominante cultura global de competição e o desenvolvimento tecnológico acelerado, são algumas das preocupações em torno das quais giram as discussões sobre a educação neste início de século XXI.
As mudanças ocorridas na forma de pensar, fazer, apresentar, divulgar, distribuir e comercializar arte, nos últimos 150 anos, contribuem para aumentar o desafio na área do ensino da arte, ou da educação pela arte. Existem divergências na abordagem do assunto em diferentes níveis na esfera cultural atual e no sistema das artes global. As diversas realidades em diferentes continentes e países fazem com que seja necessário e imprescindível considerar os contextos em que cada manifestação artística ocorre.
A independência da arte, defendida por alguns, se torna cada vez mais difícil, visto que hoje a arte não está desconectada da economia, da política, da comunicação, da ciência e da tecnologia. Grandes corporações financiam mega exposições, grupos financeiros internacionais criam fundações e centros culturais, incentivos fiscais são dados para que a iniciativa privada invista em arte, enquanto artistas criam usando a mais alta tecnologia, ou, muitas vezes, em colaboração com laboratórios e cientistas, criando manifestações artísticas que contribuem para que o público em geral pergunte: e isso é arte?
É aí que entra a educação. As lacunas deixadas por um sistema educacional sucateado e pela formação cultural baseada na televisão são cada vez mais aparentes. Os próprios professores sentem-se perdidos, muitas vezes, diante de uma instalação, de um vídeo ou de uma performance. E essa situação é paradoxal, se pensarmos que o Brasil é um país que tem artistas contemporâneos extremamente reconhecidos no mundo todo, alinhados às pesquisas mais atuais em termos de linguagens, procedimentos, materiais e temas, e que movimentos importantes tiveram aqui alguns de seus grandes expoentes, como é o caso da Arte Conceitual e da Arte Concreta.
Essas questões têm sido, inclusive, tema de divergências entre a Academia e o mercado, discutindo-se se é necessário que hajam ações educativas. Se estivéssemos falando da Europa, seria mais simples a questão, pois em qualquer país europeu, onde as pessoas têm o hábito de freqüentar museus e lá estar diante de obras dos grandes mestres, boa parte do trabalho empreendido em ações educativas seria desnecessária.
Esse Blog se destina a discussões sobre esses e outros assuntos de interesse de todos, seja na área da educação, da arte, da cultura, do comportamento ou da vida em geral.
Aêêê meu velho,
ResponderExcluiro blog tá em contrução mas já boto fé nele :D
É isso, o começo do futuro é "Estevão pra vereador!"
Abraços,
Luciano.
E ai ovelha!
ResponderExcluiraqui é o ouriques,
teu blog começou muito bem.
sempre gostei de arte e sempre gostarei, acho muito legal um blog que tenha um conteúdo sério e atual.
o que for pra ajudar pode contar comigo.
Falae Estevao
ResponderExcluirNão é todo dia que se ve a arte sendo encarada com tal seriedade hein. Parabéns.
ler todo o blog, muito bom
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