Neste último final de semana de viagem à Portugal, dias 31/7 e 1/8, ministrei a oficina Seres Imaginários, criada especialmente para a ocasião, à pedido da Fábrica das Artes, o serviço educativo do Centro Cultural de Belém. Numa parceria entre CCB e Casa da América Latina, fui convidado a pensar uma oficina para os "miúdos", a partir de 5 anos, acompanhados de pai ou mãe.
Me solicitaram que trabalhasse a partir da seguinte dinâmica: até 30 participantes, 90 minutos de duração. Então propus a oficina como descrevo abaixo:
Após me apresentar e fazer os devidos agradecimentos, mostrei algumas imagens de artistas latinoamericanos para servirem como ponto de partida: Walmor Corrêa (Brasil), Gilberto Esparza (México) e Pablo Rivera (Chile). Além destes, mostrei também o Catbus, personagem do filme Meu Amigo Totoro, do japonês Hayao Miyasaki. A partir disso, provoquei os miúdos a pensarem em seres imaginários que eles já conhecem, como sereia ou dragão, em seres robóticos ou tecnológicos, e em habitats incomuns para esses seres.
O trabalho foi então desenvolvido seguindo os seguintes passos:
1. Cada participante escreveu uma lista de 10 bichos que conhecia: os animais ou insetos que vivem dentro da nossa casa, os que vivem na rua, os que vivem na floresta, os que vivem no mar e os que voam.
2. A seguir, cada um escolheu dois ou mais desses bichos para misturar. Após selecionar e imaginar a fusão dos dois bichos, cada um batizou seu ser imaginário. Ex.: Rato + Barata = Ratarata.
3. Após o "batismo" do ser imaginário, os participantes foram convidados a esboçar em folha A4, só com lápis de desenho, o novo ser.
4. Em seguida, cada um teve que criar, já esboçando em folha A4, o habitat do seu ser imaginário.
5. Por fim, cada um recebeu uma folha A3 e aí criou o seu desenho definitivo do seu ser imaginário, com cores e a possibilidade de usar também a colagem.
6. Para encerrar cada participante foi à frente, apresentou-se e disse o nome do seu ser imaginário, mostrando o desenho realizado.
Todo o processo, desde a preparação do espaço, foi um prazer. Senti-me muito respeitado por todas as pessoas envolvidas e preciso agradecer especialmente à Anabela Borges, que esteve comigo o tempo todo e viabilizou tudo o que eu solicitei. É impressionante a estrutura oferecida pelo CCB a quem vai lá executar um trabalho, com equipamentos e materiais de qualidade e uma equipe disposta a fazer as coisas acontecerem. Foi uma ótima experiência, muito marcante. Volto para o Brasil com a sensação de dever cumprido.
Adorei...Ótima proposta. A possibilidade de misturar coisas para criar outras é o que fazemos, sonhar...Arte é tudo!
ResponderExcluirPs.: O Catbus também é tudo, hehehehe.